Uma moça que se chamava Amor. Ela odiava todos os homens da face da terra. Odiava por odiar. Odiava seus pêlos. Odiava seus cheiros. Odiava seus gostos. Odiava-os suficiente para desconfiar de seu própio nome. Certa ocasião, sentada em um meio-fio percebeu ``só amava as folhas``. As mulheres, uma vez a encantaram, não mais. Eram lindas. Eram cheirosas. Eram macias. Nenhuma chegava nem aos pés das folhas. Nenhuma a fez sentir-se Amor. amor concreto, amor bonito, amor puro, só pelas folhas. Ocasionalmente por uma flor. As flores já eram amadas demais por todas as outras pessoas. Ninguém ama as folhas. Ninguém acaricia as folhas. Ninguém presenteia as folhas. Ninguém nem vê as folhas.
A amor não era ninguém.
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